“animador da festa” – mais pra palhaço sinistro
Estão acontecendo, no espaço contra-cultural 171, as oficinas de circo: com malabares, perna de pau, trapézio, tecido e monociclo. elas ocorrem aos sábados, das 13 às 14 H, e nas segundas, das 10 às 11 H.
As oficinas são ministradas pelo circo itinerante ákrata, são de graça e vão durar até o final de dezembro, quando esta trupa deixará nossa cidade…
aproveite…
endereço: rua XV de novembro, Nº: 171… só pra lembrar
(A)
No mês de novembro, o espaço contracultural 171 completou um ano de existência. E para comemorarmos faremos três dias de festas, vadiagem e artivismo.
Pretendemos construir, nesses três dias, algumas vivências, experiências e intervenções que dêem sentido a nossa ideia de autonomia, forma à auto-gestão e transparência à outra forma de política, feita através do apoio mútuo.
Então: convidamos a todos que estejam a fim de fazer parte e construir junto para, nos dias 3, 4 e 5 de desembro, participar deste evento de comemoração ao primeiro ano deste espaço, que fica na rua XV de novembro, nº: 171.
CRONOGRAMA: proposto, mais ou menos pensado e que pode ser mudado
1º dia – 3/12
-Dia: recepção do pessoal que vem de fora / reconstrução e propostas para os próximos dias do evento.
-Noite: apresentação de variedades. com circo, teatro, música, poesia e o que mais der na telha…
2º dia – 4/12
-Dia: Oficinas / intervenções teatrais na rua com desfile contracultural circence
-Noite: palco livre em algum lugar, fique atento!!!
3º dia – 5/12
intervenção na praça dos trilhos (rua Conde de Porto Alegre, próximo ao número 300), com roda de capoeira, batucada e atividades diversas…
EM PRIMEIRA MÃO…
disponibilizamos a cópia digital de nosso informativo.
é importante ressaltar que o POVO LIVRE passou por significativas mudanças nesta edição. agora ele será impresso em formato de jornal, com as páginas bem maiores que as edições anteriores. por esse motivo o download deve ser feito de forma independente para cada página. provavelmente ficará bem difícil para quem quiser imprimi-lo em casa. então se alguém quiser ter contato com a versão impressa fale conosco. esta solicitação pode ser feita deixando um recado por aqui mesmo, ou usando nosso e-mail já citado em outras postagens.
então: para fazer o download é só clicar nos links a seguir…
HUMMM… vai rolar, no sábado (dia 09/10), uma oficina de culinária, onde vamos aprender a fazer pão indiano, queijo de gergilim e pizza crua.
é só aparecer… lembrando que nosso endereço é: rua XV de novembro, número: 171
proponha você também algum tipo de oficina usando nosso e-mail:
coletivotrancarua@riseup.net
ou deixe recado aqui mesmo
A todxs xs insurretxs:
A hegemonia do poder foi colocada em cena no dia 14 de agosto às 7 da manhã, quando efetivos do GOPE ingressaram no lugar onde habito ou habitava, kasa okupada “La Crota”, tirando a cortina da nossa biblioteca, o CDAI (Centro de Documentação Anarquista Itinerante), amarrando-a a um automóvel. Ao escutar o estrondo, pude apenas sair ao pátio onde a polícia, armada até os dentes e com sua prepotência características, me levam. Posteriormente sou levada a uma habitação onde me foram lidas as causas pelas quais fui detida. Dentro do mesmo procedimento me efetuaram um exame nas mãos, onde buscavam traços de explosivos. Tal exame foi feito sem eu estar a par nem me explicarem nada: erro garrafal de minha parte. O mesmo exame foi realizado em duas pessoas que se encontravam em meu amado lar, Vinicio Aguilera e Diego Morales, o qual é a única prova que a polícia possui para nos culpar.
Me despedi de meus companheiros irmãos, cachorrxs e gatxs. Um de meus companheiros de 4 patas jamais deixou de rosnar para a polícia. Não se afastou de nós. Acariciei seu lombo e me dirigiram até a parte dianteira da casa, a biblioteca (CDAI), que estava destruída, como um postal clássico dos regimes totalitários. Neste momento me foram colocadas as algemas que me acompanhariam por várias horas em repetidas ocasiões. Ao sair de meu amado lar, o qual o procurador chamaria de “centro de poder”, a imprensa buscaria a tomada e/ou foto perfeita dos “colocadores de bombas”. Só receberam nosso mais profundo desprezo. Com a cabeça nunca abaixada, aproveitei a ocasião para vociferar uma frase pelxs presxs mapuches, que atualmente se encontram em greve de fome. No automóvel da polícia consegui escutar alguma noticia difusa. Ao chegar à 33ª Delegacia encontrei vários pessoas na mesma situação que eu e com certeza seguiriam chegando outras. Somos 14. O controle de detenção se encontrava cheio de companheirxs, amigxs, familiares, afins, irmãos, os quais assim como nós sentiam a incerteza. Associação Ilícita Terrorista e colocação de artefato explosivo são as acusações que me imputaram. A formalização se realizaria na terça-feira.
Ao sairmos da sala conseguimos escutar os gritos cheios de ira e raiva dxs nossxs companheirxs. Gritos que remexeram o mais profundo e encheram de força para o que vem. Não estamos sós! Suas ações e atitudes me enchem de orgulho!!! A espera pela formalização das acusações foi eterna. Incomunicáveis, sem ver nada de notícias, sem sequer um lápis. Ao chegar o dia no qual o Poder trataria de nos deixar o maior tempo possível na prisão, conseguimos entre as barras e algemas tocar as mãos de nossxs companheirxs e a gritos cruzar alguma palavra.
Na audiência se restringiu a entrada a um familiar por cada acusadx. A Igreja se somava desta vez a Procuradoria Sul e o Ministério do Interior. O procurador Alejandro Peña começou sua verborragia com os fundamentos da acusação de conspiração terrorista (ao qual só existe na sua cabeça). Segundo este, a organização é informal, democrática e horizontal. Nos causou riso ao dizer isto. Tantos anos de investigação para tão complexa resolução? Que precária mentalidade para tão ilustres funcionários. Posteriormente segue com as provas de cada acusadx: elementos como livros, fotos, escritos, escutas telefônicas, PCs, pendrives, vídeos, cartazes e, provavelmente, este mesmo comunicado seriam o sustento de nossa periculosidade. Como se o circo fosse pouco, em um ato maquiavélico e insano do tão respeitado procurador, mostra fotografias de Maurício Morales morto após detonar o artefato explosivo que estava direcionado à escola de carcereiros, em maio de 2009. Buscava nos quebrar, mas só alimentou nosso ódio. Uma grande prova seria a declaração de Gustavo Fuentes Aliaga, vulgo “El Grillo”, traficante que no dia 31 de dezembro de 2008 apunhalava 7 vezes a sua esposa, Candelaria Cortéz-Monroy. Cento e oitenta dias de investigação são os que outorgou o juiz.
Mas já não seríamos 14, mas 8. Seis companheirxs não permaneceriam sequestradxs nas masmorras do capital. Um forte abraço para elxs. Não basta os 4 procuradores e os anos de investigação para buscar novos antecedentes para montar uma artimanha de proposições e assim nos deixar na prisão.
Na atualidade me encontro na SEAS (Sessão de Alta Segurança) do CPF (Centro Penitenciário Feminino) de Santiago. Continuarei com minha dieta vegana. A luta contra a dominação não se negocia até as últimas conseqüências. Orgulhosa do que sou e dos meus, abraço cada gesto de solidariedade e rebeldia. Não me calarão. Ninguém mais que o indivíduo pode e tem que lutar por sua liberdade, nada mais do que movido por seu coração. Que a natureza selvagem proteja os queridos felinos que correm pelos telhados e não chegue uma noite de muitos negros agouros. E a todxs hoje e sempre:
“Nem deus, nem amo”
Com o coração feito merda, mas batendo mais forte que nunca!!!
Pelo fim de toda dominação e exercício de autoridade, procurem que viva a anarquia.
Mónica Caballero, SEAS, CPF, Santiago do $hile. Presx Anarquista.
agência de notícias anarquistas-ana
tarde cinzenta
o nevoeiro
pulveriza o pinhal
Rogério Martins